do Bem Paraná
Na tentativa de evitar nova derrota na disputa pelo comando do PMDB, o senador Roberto Requião articula o lançamento da candidatura do filho, Maurício Requião Filho, para a presidência do Diretório Municipal do partido em Curitiba. A eleição, marcada para o dia 13 de julho, é fundamental para que Requião possa garantir algum espaço para seu grupo político dentro da legenda, na esperança de vencer as resistências internas a uma nova candidatura ao governo do Estado em 2014.
Pelo menos outras duas chapas estão sendo articuladas por adversários do senador dentro da sigla. Uma delas é comandada pela bancada do PMDB na Assembleia Legislativa, onde a maioria dos deputados rejeita a candidatura de Requião ao governo, preferindo o apoio à reeleição do governador Beto Richa (PSDB). Uma segunda chapa é encabeçada pelo atual secretário-geral do PMDB curitibano e “ex-fiel escudeiro” de Requião, Doático Santos.
Pelo menos outras duas chapas estão sendo articuladas por adversários do senador dentro da sigla. Uma delas é comandada pela bancada do PMDB na Assembleia Legislativa, onde a maioria dos deputados rejeita a candidatura de Requião ao governo, preferindo o apoio à reeleição do governador Beto Richa (PSDB). Uma segunda chapa é encabeçada pelo atual secretário-geral do PMDB curitibano e “ex-fiel escudeiro” de Requião, Doático Santos.
Doático rompeu com o senador no ano passado, depois que Requião impôs a candidatura do ex-deputado estadual Rafael Greca (PMDB) à prefeitura da Capital. Na época o grupo abriu uma dissidência para apoiar a candidatura à reeleição do ex-prefeito Luciano Ducci (PSB), aliado do atual governador, que não chegou ao segundo turno da eleição.
Requião é o atual presidente do PMDB da Capital. O cargo é a última “trincheira” do grupo do senador na estrutura de comando da legenda, já que no final do ano passado, ele foi derrotado na convenção que elegeu a nova Executiva estadual peemedebista. Na ocasião, a bancada estadual aliou-se à ala do ex-governador Orlando Pessuti, e conseguiu eleger o deputado federal Osmar Serraglio para a presidência do Diretório estadual paranaense. A derrota deixou Requião ainda mais isolado dentro da legenda, controlada hoje pela bancada estadual, e que integra a base do governador Beto Richa na Assembleia.
Agora, os parlamentares pretendem tomar o comando do PMDB da Capital das mãos de Requião, aumentando ainda mais o domínio sobre o partido, com a intenção de levar a legenda ao palanque de reeleição do tucano. Em troca, Richa aumentou o espaço dos peemedebistas no governo, nomeando o deputado estadual Luiz Eduardo Cheida para a Secretaria de Estado do Meio Ambiente, além de garantir uma aliança com o PSDB para a disputa pela Assembleia, o chamado “chapão”.
Os deputados alegam que a aliança com os tucanos é uma questão de sobrevivência para a bancada. O PMDB tem 13 parlamentares – a maior bancada na Assembleia. Segundo eles, Requião candidato ao governo forçaria o partido a disputar a eleição sozinho, sem legendas aliadas. E nesse cenário, mais da metade dos deputados peemedebistas do Legislativo estadual não conseguiria se reeleger.
Desempenho - Por indicação dos parlamentares, o governador chegou ainda a convidar Pessuti para assumir a presidência da Sanepar, mas o ex-governador recusou o convite, sendo nomeado em seguida pela presidente Dilma Rousseff para um cargo de conselheiro da Itaipu Binacional. O gesto foi interpretado pelos deputados do PMDB como um sinal de que Pessuti tende a apoiar a candidatura da ministra chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann (PT), principal nome de oposição para o governo no ano que vem, apesar dele garantir que defende a candidatura própria do partido ao Palácio Iguaçu, reivindicando a indicação da legenda para disputar o cargo.
Outro argumento dos deputados para tirar Requião do comando do PMDB, é o fraco desempenho que o partido tem demonstrado nas eleições da Capital nos últimos anos. Em 2012, além da quarta votação para prefeito, a legenda só conseguiu eleger um vereador – Noêmia Rocha. Em 2008, o ex-reitor da Universidade Federal do Paraná, Carlos Moreira Júnior, nome imposto por Requião para disputar a prefeitura, não chegou a 20 mil votos, e o partido elegeu apenas dois vereadores, mesmo comandando na época o governo do Estado.
Requião é o atual presidente do PMDB da Capital. O cargo é a última “trincheira” do grupo do senador na estrutura de comando da legenda, já que no final do ano passado, ele foi derrotado na convenção que elegeu a nova Executiva estadual peemedebista. Na ocasião, a bancada estadual aliou-se à ala do ex-governador Orlando Pessuti, e conseguiu eleger o deputado federal Osmar Serraglio para a presidência do Diretório estadual paranaense. A derrota deixou Requião ainda mais isolado dentro da legenda, controlada hoje pela bancada estadual, e que integra a base do governador Beto Richa na Assembleia.
Agora, os parlamentares pretendem tomar o comando do PMDB da Capital das mãos de Requião, aumentando ainda mais o domínio sobre o partido, com a intenção de levar a legenda ao palanque de reeleição do tucano. Em troca, Richa aumentou o espaço dos peemedebistas no governo, nomeando o deputado estadual Luiz Eduardo Cheida para a Secretaria de Estado do Meio Ambiente, além de garantir uma aliança com o PSDB para a disputa pela Assembleia, o chamado “chapão”.
Os deputados alegam que a aliança com os tucanos é uma questão de sobrevivência para a bancada. O PMDB tem 13 parlamentares – a maior bancada na Assembleia. Segundo eles, Requião candidato ao governo forçaria o partido a disputar a eleição sozinho, sem legendas aliadas. E nesse cenário, mais da metade dos deputados peemedebistas do Legislativo estadual não conseguiria se reeleger.
Desempenho - Por indicação dos parlamentares, o governador chegou ainda a convidar Pessuti para assumir a presidência da Sanepar, mas o ex-governador recusou o convite, sendo nomeado em seguida pela presidente Dilma Rousseff para um cargo de conselheiro da Itaipu Binacional. O gesto foi interpretado pelos deputados do PMDB como um sinal de que Pessuti tende a apoiar a candidatura da ministra chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann (PT), principal nome de oposição para o governo no ano que vem, apesar dele garantir que defende a candidatura própria do partido ao Palácio Iguaçu, reivindicando a indicação da legenda para disputar o cargo.
Outro argumento dos deputados para tirar Requião do comando do PMDB, é o fraco desempenho que o partido tem demonstrado nas eleições da Capital nos últimos anos. Em 2012, além da quarta votação para prefeito, a legenda só conseguiu eleger um vereador – Noêmia Rocha. Em 2008, o ex-reitor da Universidade Federal do Paraná, Carlos Moreira Júnior, nome imposto por Requião para disputar a prefeitura, não chegou a 20 mil votos, e o partido elegeu apenas dois vereadores, mesmo comandando na época o governo do Estado.